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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Marie Curie

AIQ 2011 - Ano Internacional da Química

Marie Curie

Em resultado da reunião da Assembléia Geral das Nações Unidas (AGNU), que decorreu de 31 de Julho a 6 de Agosto de 2009, em Glasgow, na Escócia-Reino Unido, proclamou-se 2011 como o Ano Internacional da Química, sob o tema “Química - a nossa vida, o nosso futuro”.

O objetivo do Ano Internacional da Química é celebrar as contribuições da química para o bem-estar da humanidade. A química é fundamental para a nossa compreensão do mundo e do cosmos.

Assim, as atividades programadas para 2011 darão ênfase à importância da química para os recursos naturais sustentáveis. Além disso, no ano 2011 comemora-se o 100º aniversário do Prêmio Nobel em Química para Marie Sklodowska Curie, o que, de acordo com os organizadores, motivará uma celebração pela contribuição das mulheres à ciência.

Nasceu na atual capital da Polônia, em Varsóvia, a 7 de Novembro de 1867, altura em que a mesma fazia parte do Império Russo. Com o auxílio financeiro de sua irmã mudou-se já na juventude para Paris.

Licenciou-se em primeiro lugar em Ciências Matemáticas e Física, na Sorbonne. Foi a primeira mulher a lecionar neste prestigiado estabelecimento de ensino.

Casou-se em 1895 com Pierre Curie, professor de Física. Em 1896, Henri Becquerel juntamente com o casal Pierre Curie e Marie Curie estudaram as radiações, por eles descobertas, emitidas pelos sais de urânio.

Juntamente com o seu marido, Marie começou, então, a estudar os materiais que produziam esta radiação, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a característica de emitir mais radiação que o urânio que dela era extraído). Em 1898 deduziram que: haveria, com certeza, na pechblenda, algum componente que libertava mais energia que o urânio; em 26 de Dezembro desse ano, Marie Curie anunciava a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris.

Através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos. O primeiro foi nomeado Polônio, em homenagem à sua terra Natal, e o outro Rádio, devido à sua intensa radiação, do qual conseguiram obter em 1902 0,1 g.

Posteriormente partindo de oito toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de Rádio. Nunca patentearam o processo de obtenção desenvolvido. Os termos radioativos e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico.

Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, recebeu o Prêmio Nobel da Física, em 1903 "em reconhecimento pelos extraordinários serviços obtidos em suas investigações conjuntas sobre os fenômenos da radiação, descoberta por Henri Becquerel". Foi a primeira mulher a receber tal prêmio.

Oito anos depois foi premiada com o Nobel da Química em 1911 em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da química, pela descoberta dos elementos rádio e polônio, o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elemento. Com uma atitude desinteressada, não patenteou o processo de isolamento do rádio, permitindo a investigação das propriedades deste elemento por toda a comunidade científica.

Foi a primeira pessoa a receber dois Prêmios Nobel em campos diferentes. A única outra pessoa, até hoje, foi Linus Pauling.

No entanto, Marie Curie foi a única pessoa a receber dois prêmios Nobel em áreas científicas. Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os Estados Unidos, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que usavam material radioativo sem precauções.

Em 1920, havia um trabalho científico sobre as águas radioativas, realizado pelo grande médico cientista Dr. Celestino Bourrou em Lindóia, no Brasil.A fama dessas águas ultrapassou as fronteiras brasileiras quando em 1928, o Dr. Tozzi recebeu a visita da renomada cientista polonesa, radicada na França, Madame Curie, Prêmio Nobel de Química,

Foi ainda a fundadora do Instituto do Rádio, em Paris, onde se formaram cientistas de importância reconhecida. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.

Marie Curie morreu perto de Salanches, França, em 1934 de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho. A sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu pela mãe o segundo Prêmio Nobel da Química, em 1935, que lhe Foi atribuído no ano seguinte à sua morte.

O seu livro "Radioactivité" (escrito ao longo de vários anos), publicado a título póstumo, é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados com a Radiatividade clássica.

Em 1995 seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a ser sepultada neste local.

A sua filha, Éve Curie, escreveu a mais famosa das biografias da cientista, que foi amplamente traduzida em vários idiomas. Em Portugal, é editada pela editora "Livros do Brasil". Esta obra deu origem ao argumento de um filme de 1943: "Madame Curie".

O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio, símbolo Cm foi batizado em honra do Casal Curie.

Durante o período da hiperinflação nos anos 90, sua efígie foi impressa nas notas de banco de 20000 zloty da sua Polônia natal.

Fontes: http://explicatorium.com/index.php

http://www.wikipedia.com

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